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sábado, 24 de outubro de 2009

Frio na barriga

Ainda não sei por que dizia para minha mãe quando era pequeno que não gostava de ir à aula. Se eu fizer uma retrospectiva dos melhores momentos da minha vida, certamente várias passagens estarão lidadas à escola. Lembro do frio na barriga que senti no primeiro dia de aula em cada colégio que estudei. E frio na barriga é um sintoma de grandes sentimentos. E o colégio é um lugar que proporciona diversas emoções e felicidades. Foi no colégio (na saída) que dei meu primeiro beijo, escorado numa árvore na pracinha dos amores. O frio na barriga que senti aquele dia foi o maior que havia sentido até então. Mas isso é outra história, só para ilustrar alguma das coisas que aprendemos na escola.


Pensei que já tinha passado do tempo ou me livrado dos frios na barriga. Engano. Essa semana começou de novo um friozinho. Uma brisa- bem de leve- no meu estômago. Mas está aumentando. Domingo passa. É por causa do Gre-Nal. E sabe como é Gre-Nal... é igualzinho ao colégio: me dá aquele frio na barriga e sempre me traz grandes alegrias.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Paixão efêmera

Conheço pessoas que afirmam que para ser feliz é preciso amar. Amar a família, os amigos, a terra, as arvores e até as alfaces. Sem esquecer, é claro, de um amor desses de tirar o fôlego e bater mais forte o coração. Porém, já ouvi vários relatos de quem já amou muito, já teve seu coração saindo pela boca e mergulhou em abismo de paixões, de onde sempre demorava para emergir, por isso agora dizem que ser feliz é amar a si mesmo e proteger-se. Eles defendem que o melhor romance é aquele com data para terminar.
Num pensamento rápido, é interessante essa corrente. Todo mundo que tem medo de se envolver demais com alguém, poderia se atirar em paixões programadas para terminar antes que ultrapasse seu limite e comece a amar. Haveria apenas paixão entre os namorados, casais e amantes. Seriam todos ficantes, na verdade. A volta da poligamia. A extinção da traição.
Mas fazendo uma reflexão maior, não sou adepto de paixão efêmera, que não possibilite o amor. Talvez não seja tão pós-moderno ou nem moderno para entender esses amigos que pensam assim. Tampouco confiaria plenamente em alguém que não se entrega os próprios sentimentos e propusesse datar a minha paixão.
É por isso que não acredito que Mário Fernandes possa levar o Internacional de volta à disputa do título do Brasileirão. Alguém que não quer vínculo duradouro (talvez não conseguisse mesmo) com o clube contratado e prefere ser apenas um tapa buraco, não merece minha confiança. No máximo meu respeito e torcida para que faça um bom trabalho encaminhe o colorado á Libertadores do ano que vem. Mas que isso sirva para em 2010 o Inter case com algum outro treinador. Algum de qualidade, que queira viver esse casamento. Que queira essa monogamia. Que mergulhe fundo nessa paixão sem data para terminar. Wanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho me parecem ótimos partidos.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Torcedor Fanático

Sempre me orgulhava quando ouvia dizerem que mais fanático que eu não existia, hoje sinto vergonha deste título. O Gre-Nal é uma farsa, onde muitos torcedores apaixonados fazem de seus clubes suas identidades. Declaram amor a um time como se fosse algo supremo. Vestem camisas como se fosse a própria pele, ou até mais que ela. E cantam gritos de guerra, loucos para ouvirem o canto contrário; não para ver quem canta mais alto, e sim para ter “motivo” para iniciar o espancamento coletivo.
Não vou dizer que nunca cometi loucuras ou briguei pelo meu time, mas não me orgulho das vezes que prejudiquei alguém ou fui prejudicado por conta disso. Muito pelo contrário, me arrependo. As pacíficas, até conto com certa naturalidade, mas já percebo que se um “rival” visse, poderia dar confusão.
Como sou interiorano ainda não vejo razões em deixar de usar as cores do meu time em qualquer ocasião, mas será que os jovens, há poucos dias assassinados em São Leopoldo, Jéferson Ferreira e Gabriel de Oliveira, também não tinham essa sensação de segurança?
Algumas pessoas perderam a identidade
. Não são mais Cicrano da Silva, ou Fulano da Silveira, e sim Cicrano Gremista e Fulano Colorado. Com isso, ganham inimizades, discórdias e, até mesmo, tiros; se é que se pode dizer que isso tudo é ganhar.
Se for amor, porque não aproveitar o melhor dele? Sendo tão lindo assim, não tem o porquê estragar ofuscando cada vez mais o brilho do futebol.
Acabei me decepcionando com o futebol. Tenho certeza que muitos outros também.
Torcedores apaixonados geralmente acham que todos também deveriam ser... e atiram exatamente naqueles que são igualmente fanáticos. E olha o busilis: mancham o escudo do seu clube e acaba com um semelhante, só porque ele é do time deles.
Publicado dia 11 de julho de 2008 no caderno KZUKA, da ZERO HORA.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

PROFECIA


Para que não digam que usei de oportunismo, faço esta postagem hoje, 26 de junho de 2008.

Afirmo: dia 4 de abril de 2009 FERNANDÃO volta ao INTERNACIONAL!!!
Um dos maiores (se não o maior) jogador da história do Colorado volta no ano do centenário para ocupar a camisa 9 e a faixa, que usou quando nos conduziu ao topo do mundo. E quando isso acontecer estaremos bem servidos de centroavante e liderança dentro de campo e no vestiário.
Depois que ele voltar, muitos vão dizer que já sabiam, mas aí é muito fácil.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Parei de Beber

Dia 28 de novembro de 2007 foi o dia que decidi parar de beber, digo, de beber cerveja ou qualquer tipo de bebida com álcool. Não que a bebida houvesse tomado conta de mim. Eu bebia só nos finais de semana, finais de jogos, festas, churrascos e quando saia pra noite. Só que desde o início do mês que eu jogava, ia em festas, em churrascos e saia pra noite diariamente. Portanto bebia. Raras vezes cometi exageros, uma ou duas vezes, no máximo. Sabe, eu achava bonito beber. Não é. Confesso que acho muito mais bonito fumar e jogar sinuca (os dois juntos), porém nunca fumei e não jogo sinuca. Até que um dia, nesse dia 28, olhei ao meu redor e me vi numa cena lamentável: Eu só de cueca na cama, o chão cheio de papéis- rabiscos de poemas e contos inacabados, sentimentos vagos ou profundos- lixo espalhado, latinhos e garrafinhas de cerveja na beira da cama e pelos cantos, roupas no chão ou em cabides e uma TV ligada que passou a noite assistindo uma noite de prazer que já não lembro direito, um relógio que marca 13 horas e eu recém acordando com gosto de cerveja na boca. Naquele dia eu mudaria. Limpei meu quarto, meu banheiro, dei um trato na casa e tomei a decisão de não beber mais. Mas não largaria a noite, o futebol, as mulheres, os amigos, isso é que não! No início a estranheza dos meus amigos sobre essa mudança, mas depois acostumaram. Eu não precisava daquilo. Meus amigos também não. Bebiam porque bebiam. Um bebia, os outros bebiam junto. Só. Só fui beber novamente no dia 17 de dezembro. Um gole só. Sem querer, até. Foi na comemoração de um ano da conquista do titulo de campeão mundial pelo Internacional. Me alcançaram a taça e eu bebi. Tudo bem. O momento merecia. O Inter merecia. Eu merecia. Depois disso bebi mais algumas vezes. No réveillon e no carnaval. É. Está bem... eu não consegui parar de beber. Não que o álcool seja maior do que eu, mas é difícil. Não um martírio, nunca, mas é complicado. O fato é que eu já nem bebo quase. E que diabos isso tem a ver com esportes, com futebol? É que eu bebia muito mais quando eu não tinha 18 anos, quando era proibido. Agora que posso comprar e beber e ficar bêbado não compro, não bebo e não fico bêbado. E se tivessem me proibido de beber eu seguiria bebendo. Não é com imposições e muito menos com brigas que eu mudaria. Vagner Mancini tinha muita autoridade com os jogadores do Grêmio. Agora o trocaram por Celso Roth, um durão que não vai fazer o trabalho conciliador e invicto que fazia Mancini, ele vai gritar vai brigar e com isso vai perder. Falar alto, impor e brigar não quer dizer autoridade. Conscientizar e conversar sim.

Texto publicado no Cenário de Notícias dia 20/02/2008.